É estranho pensar, entender e
até mesmo aguentar essa coisa de que nada na vida é eterno. A gente vai
perdendo coisas e pessoas pelos caminhos que trilhamos e pelas escolhas que
fazemos, volta e meia uma coisa perdida lá atrás reaparece no seu caminho de
uma maneira melhor, ou não. E a pior parte do perder, é quando não é uma
escolha nossa. Somos criados, e acho que não há exceções, para sempre
conquistar o que queremos, e levar essa conquista pra vida, mas muitas vezes não
funciona exatamente como planejamos.
É difícil qualquer perda que o
ser humano tem, qualquer desistência e aquele sentimento de impotência então, não
existem comentários pertinentes que consiga esclarecer. Se sentimos, ainda que
no silencio da própria mente, a falta de um objeto que perdemos...imagine
quando se trata de pessoas? Qualquer perda dói, machuca, e pode te levar a
meses ou anos(?) de um recolhimento interno que só faz piorar tudo que já está
ruim. Há quem diga que tira tudo isso “de letra”, mas pouco acredito.
A saudade é sempre forte, o
amor é forte, a vontade é forte, mas ainda sim é pouco pra termos o que
queremos. Minha avó sempre me falava alguma coisa que me lembra perseverança,
não sei se são os dias atuais ou se são os seres humanos, mas essa palavra está
extinta do nosso já pobre vocabulário. E já que estamos apenas existindo, nos sobra aquelas
fotografias:
“Momentos eternizados em fotografias. Movimentos congelados, uma cena
dinâmica que se tornou estática. Pessoas que estavam tão próximas e que hoje
são tão distantes. Que tenho até timidez em conversar. Ou que talvez jamais conversaria.
Mas ali existe uma pessoa que sinto saudades. Saudades de um tempo que não
volta, mas que hoje tem o seu lugar bem guardado. O melhor de tudo, é que com
essas fotografias em mãos me dei conta que fiquei com uma parte incrível delas:
o sorriso. E é só deles que eu gostaria de me lembrar agora...”
P.s.: Como diria CFA - "E entre tudo que ele poderia ser pra
mim, ele escolheu ser saudade.”