segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Minha (não) Doce viagem...



Incrível como existem coisas que somente acontecem com gente que esta com o espírito despreparado, e não me contento em guardar isso só pra mim, logo vou ser obrigado a desabafar aqui no blog.
Na minha longa, (in)cansável e inenarrável viagem para Cabo Frio, aconteceram tantas coisas dignas de revolta que vou contar como algo cômico, que de cômico não tem absolutamente nada. Pra começar tive que pegar um ônibus ate a cidade de Ipatinga, porque a conexão Caratinga > Macaé saía somente daquela ENORME rodoviária de cidade. Até ai, tudo bem, já estou acostumado a ir em Ipatinga todos os dias da semana ( de carro, detalhe ), mas ser obrigado a pagar um banheiro INDECENTES dois reais para mijar é rir da minha cara gargalhadamente. Logo, não paguei e segurei a vontade até chegar o momento oportuno. Após alguns (longos) minutos de espera eis que chega o ônibus e as pessoas avançam sobre ele como se fosse sei lá...o caminhão de comida em meio às enchentes do sul, paciência. Sem muitos problemas fui o ultimo a entrar no ônibus, com muita, muita histeria de quem já tinha entrado. Liguei o foda-se e fui ser (muito pouco) feliz.
Durante o percurso ate Caratinga de um ônibus (semi?) executivo, uma anta de galocha me passa perfume DENTRO do ônibus, me lançando um sorriso amarelado como quem se desculpasse por ter borrifado SEM QUERER uma vez em mim. Não, não se perguntem qual era o perfume, porque se fosse da Avon ainda estava muito bom! Enfim, esse ser inergúmero desce em uma cidade qualquer desfilando como se fosse a ultima coca com gás gelada no deserto. Até então, ok, estava apenas começando minha viagem cheirando (??) a um perfume não muito, agradável. E não vou nem comentar a respeito dos farofeiros de ônibus, entrando arrumando confusão, comendo milho e o caralho a quatro. Meu bom humor ainda permanecia até a chegada em Caratinga.
Descendo nessa humilde e nada agradável cidade, sou obrigado a esperar mais QUARENTA E CINCO minutos de atraso de um ônibus que era CONEXÃO que eu não podia pegar na minha cidade. Enquanto isso, seres avulsos e desconhecidos cismam em manter um dialogo com uma pessoa (eu) não TÃO muito afim de gesticular a boca. Foi quase como uma entrevista, onde as respostas variavam de ‘sim’ até um ‘talvez’, e mesmo assim, houve quem não percebesse que eu estava afim de conversa. Mas ate aí, ok, estava quase no meio da viagem. Embarcando no ônibus com destino a Macaé ouço e sinto cheiro daqueles salgadinhos EM UM ÔNIBUS EXECUTIVO. ATE QUANDO MEU DEUS?? Não me contive, tomei meu rivotril e apaguei como se não tivesse que acordar as 4 da manha com alguém me cutucando porque havia chegado em CAMPOS! Eu disse que desceria em CAMPOS EM ALGUM MOMENTO? Abri meio olho, meu de uma vontade enorme de mandar tomar no c*, mas concordei, e virei pro meu sono profundo até o destino final.
Macaé, o que dizer de Macaé? Vou me conter porque cheguei ao meu destino final sem muitos (?????) problemas. Mas uma coisa eu tenho que elogiar o povo macaense (?): coragem de sobra. Acreditem, entre Cabo Frio e Macaé são poucos mais de 60Km e o transporte é feito em ônibus comuns, estilo que rodam dentro de cidades, mas com um diferencial: os motoristas são meio loucos. Só que eu vi e assustei, foram quase QUATRO iminentes acidentes que aconteceram, os outros eu estava ocupado demais sentindo os efeitos do rivotril. Não esquecendo de comentar da rodoviária, que apesar de ótima estrutura, é quase um zoológico, onde se misturam cachorros, gatos, pombos, pardais, vocês tem de ver, uma alegria só com os mendigos!
Mas finalmente chegando a Cabo Frio, onde minha mãe me esperava ansiosamente, a julgar pelas 15 chamadas não atendidas, me sinto ‘em casa’. Só me sentia. Fiquei por imensas 2 horas a espera da minha mãe me buscar na rodoviária, que ela não conseguiu achar, e finalmente me avisou carinhosamente: - Vem de táxi, o hotel é tal! Mas né, ficar nervoso porque? Já tinha chegado ao meu destino final. Engoli o choro do ódio entrei em um táxi e minha boca nervosamente pensou em dizer: Toca pra Minas Gerais, Coronel Fabriciano!, mas não...indiquei o hotel. O amor e a saudade eram tantos que troquei de roupa e fui pra água salgada gelada tirar o mau olhado, porque né...sempre tem como piorar.
P.s.: Duas horas depois da chegada, fui pra búzios, dormindo, pra não correr o risco de dar de cara com a verdade!
E isso é só o começo...