terça-feira, 14 de dezembro de 2010

E tudo que eu senti...


Enquanto ainda nem me entendia por gente, mas começava a ler inúmeros livros (ainda que adequados àquela idade) sempre imaginei como os autores escreviam aqueles livros. Seriam escritos num ‘susto’ ou na obrigação da produção de ‘alguma coisa’? Hoje consigo imaginar uma mistura de obrigação e inspiração. Por me considerar um escritor de gaveta, gaveta mesmo, aquelas bem fundas e difíceis de abrir, escrevo somente por inspiração. Ainda posso me dar a esse luxo.

E falando de inspiração, existe algum dia melhor do que esse para me inspirar? Acredito que ainda não. E é exatamente nesse mesmo dia, que somos levados a pensar na fugacidade da vida e até mesmo na relativização do tempo.  Citemos: 5 minutos para quem vai acordar é pouco, para andar sobre as cinzas é muito. Um final de semana com chuva é muito, um final de semana com sol é pouco.

E o que significaria um mês na sua vida? Apenas mais um mês na sua vida? Estranho pensar que não faria diferença, porque é apenas mais um dentre os 12 que você tem no ano, e dentre os vários pelos quais você já passou, e pelos quais acredita que ainda passará. Mas UM mês faz toda a diferença quando acontecem coisas boas, inesperadas e se superam expectativas. Nesse mês podemos deixar para trás arrependimentos, tristezas deliberadamente longas e outras coisas ‘ruins’. E quando tudo isso acontece em um mesmo mês, conseguimos até derrubar gigantes, ou mesmo começar a mata-los.

Não há como negar que a parte abstrata sempre foi muito presente na minha vida. Gosto disso, e até acho bacana, porque quem se mostra demais nunca realmente é aquilo que se vê. É como se fosse uma ilusão ótica, achamos que estamos vendo tudo, mas na verdade aquilo não passa de uma miragem. O abstrato é um convite a pensar, talvez igual ou diferente, mas pensar. E não vou negar que, tudo que representa desafios me atrai e muito, fazendo jus ao ariano que sou.

E como sempre, fica aquela dica. Aquele velho clichê: o tempo não somos nós quem fazemos, mas somos nós quem tornamos melhor, e usamos à nosso favor.


P.s.: Ninguém se apaixona por escolha, mas por acaso. Ninguém permanece apaixonado por acaso, é um esforço diário (talvez). E ninguém se ‘desapaixona’ por acaso, é um escolha (difícil quando é feita).

4 comentários:

  1. E o que significaria um mês na sua vida?

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  2. Amigo, adoro seus textos.São muitos bem "expressados" sentimentalmente falando.Mas chorei de arrepio quando li:http://copiandomemorias.blogspot.com/2010/10/i-know-you-know.html
    Que perfeita entrega como disse o Rick!
    Ps;Quando se ama de vrdd nada substitui akela pessoa.NADA!Bjos

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  3. É verdade que o tempo relativiza a vida. Ele impõe essa estrutura inerte e inerente a que todos seguimos. Um fluxo. Mas, pensando bem, se não fosse por sua inércia em seguir, ficaríamos parados. Um agradecimento ao tempo e outro a você, Ermon, por nos lembrar de detalhes tão atemporais.
    Abraço.

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  4. 1- Um mês na minha vida significa você!

    3- O tempo é bom, quando bem usado. Ele demarca tempos psicológicos que só são melhores aproveitados por isso. E um obrigado a você! =D

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