quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Subterfúgio Abstrato


Hoje em dia é tão comum pensarmos na efemeridade da vida, e das coisas da vida, que não vemos nada mais como algo que vai durar pra sempre, algo realmente consistente. Mas contraditoriamente a esse fato, sempre fazemos planos, dos mais diversos tipos: o que fazer ao final da faculdade, aquela viajem dos sonhos com alguém que você realmente gosta e até mesmo como serão seus atuais relacionamentos, seja de amizade ou amoroso, daqui a 10 anos. 
Isso é o ser humano, complicado e longe da perfeição, sempre convivendo com dualidades quase que inimagináveis.

Eis que um dia eu me pego escrevendo o seguinte tweet: “...é tão efêmero quanto um quebra mola: quando esta em cima, e no segundo seguinte já desceu!” E eu estava me referindo ao amor, não ao amor sentimento, mas sim pelas etapas que passamos vivendo o amor, e como nós estamos longes da perfeição (tenho certeza que nunca a alcançaremos), temos fases boas e ruins nessa vivência. Há quem só enxergue as ruins, mas duvido que exista alguém que só veja o lado bom...

E chega a ser engraçadas determinadas situações, que só quem vive é que sabe como funciona, e não adianta tentar explicar, quem esta ‘de fora’ nunca vai entender os motivos que levaram a quem  ‘esta por dentro’ a tomar algumas atitudes. Mas não, meu objetivo não é falar sobre essas coisas abstratas, até mesmo porque são ABSTRATAS. Minha intenção é na verdade, chamar a atenção pra isso que chamamos de vida, viver, sonhos, desejos, realizações, realidade.

Chega então o momento que se pergunta: estamos vivendo como queremos? Estamos vivendo e não apenas tendo uma vida? Sim, por que viver é diferente de ter vida, tem pessoas que apenas existem e não ‘aproveitam’  a vida. Enfim, quem sou eu para julgar as atitudes, razões e objetivos de outrem? Já dizia um velho e sábio poeta: cada um sabe a dor e delícia de ser o que é.

Enfim, que a nossa vivência com ou sem efemeridades, dualidades, sonhos, desejos, e realizações seja feita á nossa maneira e da forma como acharmos melhor, por que afinal cada um é dono de si (apesar de alguns conceitos moldadores da sociedade), e das próprias atitudes e ações.


P.s.: Deixe que a vida se encarregue de fazer as coisas certas nas horas certas e nas horas erradas também, temos apenas que escolher pelo que (ou quem) vale a pena sofrer .

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