quarta-feira, 16 de março de 2011

O Maior de Todos: O Fim!


Passada a fase difícil (?) do relacionamento os dois entraram num amor sem fim, e sim dessa vez era amor. Não relato tempo cronológico porque pouco importa nesse caso, e não há como discernir “a partir de hoje estou te amando”. Mas o destino reservava algo diferente para os dois, talvez fosse bom, dependendo sempre do ponto de vista sob o qual era olhado.
Marcelo antes de se formar, sempre trabalhou com mecanismos inovadores dentro de sua área, então se dedicava a pesquisa de corpo e alma, mas sempre dividindo seu tempo com a sua então enamorada. Depois de sua formatura, continuar na mesma área foi algo inevitável. Apesar de ter estudado em uma faculdade que não representasse referência na sua área de estudo, ele sempre se deu muito a essas pesquisas e conseguia o que almejava, mesmo que demorasse. Foi essa mesma dedicação que separou Marcelo de Ludmila.
Como já havia dito anteriormente, Ludmila já estava com a vida estável, possuía seu próprio negócio e crescia nele, porque sabia o que fazia e gostava do que lhe tomava o tempo durante o dia. Seus objetivos eram ainda maiores, e por isso ‘correu atrás’ daquilo que sonhava, assim como Marcelo, mas ele sonhava muito mais alto do que ela.
Numa tarde de quarta-feira Marcelo recebe uma chamada em seu celular de um número desconhecido e incomum pela área em que morava. Boas notícias, ou seriam ótimas? Um antigo projeto de reabilitação osteomioarticular que havia sido enviado a uma clínica italiana foi convocado para apresentação do protótipo às especialidades daquela área. Relataram que tentaram por diversas vezes o contato via e-mail no qual não havia resposta, para seu próprio azar o email tinha mudado, mas novos ventos sopram e o contato pelo celular foi possível.
A sua primeira viajem ao país das massas foi maravilhosa, tudo deu certo e os responsáveis da clínica adoraram o projeto, que segundo ele mesmo “Não tinha nada de muito inovador, por isso a minha surpresa”. Enquanto isso Ludmila se atracava em saudades e conversas online por webcam com seu então namorado, foram os 25 dias mais longos de sua vida. Isso porque ela não sabia o motivo maior da sua demora.
Antes mesmo de partir do país a referida empresa fez uma proposta tentadora àquele humilde (até então) homem nascido no interior de Minas Gerais: fazer parte do corpo de pesquisa da clínica era a tentadora, e o prazo máximo era de um mês a contar da proposta oficial.
Sua volta ao Brasil não foi fácil, durante aquela longa viajem de avião a sua cabeça estava a mil pensando na melhor solução para todos os seus ‘problemas’, que de problemas não tinham nada. Pensou e repensou na sua família, no que sua mãe sempre lhe disse: “Tudo pode ser retirado de você, menos o seu conhecimento”. Pensou na sua namorada, a qual amava de forma incondicional e irrestrita. Mas antes mesmo de assumir para si mesmo, já tinha decidido todo o seu trajeto e qual escolha faria.
O seu futuro gritava seu nome, mas as raízes estavam difíceis de serem arrancadas de seu coração, família, amigos, amores e toda uma história ficando para trás. Entretanto, era preciso dizer a si mesmo que seria melhor para ele e para quem ele se importava. Sem querer me delongar muito na parte sentimental demais, a sua decisão foi aquela que muitos esperavam que fosse: ele partiria dentro de 40 dias.
A separação com toda a sua história não foi fácil e estava longe de ser. Lembra-se a irmã ciumenta? Foi uma das que mais sofreram com sua breve partida. Ludmila nem se pode ser lembrada, no inicio de sua decisão ficou arredia e não queria mais ter ‘sonhos dourados’ com aquele rapaz que no início não passava de apenas mais um na sua vida, e agora se tornara O HOMEM da sua vida, o qual já tinha construído planos e tinha sonhos para o futuro juntos. Foi triste. Seria necessário. Ele então se partiu, sem data de volta e nem mesmo um telefone fixo ou um endereço no qual poderia ser procurado. Levou nas bagagens suas roupas, suas pseudo-histórias, seus sentimentos, algumas tralhas e muitas fotos do que um dia foi. Daquele dia em diante, seria um novo Marcelo com base do passado e muitos, muitos planos para o novo cara que acabava de ser dado a luz.
Música do casal:
O Que Eu Também Não Entendo 


Essa não é mais uma carta de amor 
São pensamentos soltos traduzidos em palavras 
Pra que você possa entender 
O que eu também não entendo 

Amar não é ter que ter sempre certeza 
É aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém 
É poder ser você mesmo e não precisar fingir 
É tentar esquecer e não conseguir fugir, fugir 

Já pensei em te largar 
Já olhei tantas vezes pro lado 
Mas quando penso em alguém é por você que fecho os olhos 
Sei que nunca fui perfeito mas com você eu posso ser 
Até eu mesmo que você vai entender 

Posso brincar de descobrir desenho em nuvens 
Posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis 
Posso tirar a tua roupa 
Posso fazer o que eu quiser 
Posso perder o juízo 
Mas com você eu tô tranquilo, tranquilo 

Agora o que vamos fazer, eu também não sei 
Afinal, será que amar é mesmo tudo? 
Se isso não é amor, o que mais pode ser? 
Estou aprendendo também

Análise crítica: a intenção ao mostrar essa história não foi nem de longe comover pessoas com conto triste. Bem, na verdade eu queria mostrar a fugacidade da vida em determinadas questões. Porque sempre pensamos que o pior acontece com outras pessoas e nunca com a gente, e quando acontece tomamos um susto que achamos que não vamos aguentar essa perda inicialmente irremediável. E não me venha com a história de que o tempo cura tudo, ele não cura NADA, apenas desloca do centro das atenções aquilo que não tem remédio. Então faça valer a pena cada instante da sua vida. Já parou para pensar que o dia tem 86400 segundos? Está sabendo fazer valer a pena cada um desses segundos? O sol nasce para todos, mas os que sabem aproveitar de forma eficiente e à seu favor são poucos. Então repense suas ideias, reveja seus conceitos e tome para si somente o que há de bom. Afinal, será que amar é mesmo tudo?

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