quarta-feira, 2 de março de 2011

Paradoxo Imperfeito


Antes de começar o meu texto de hoje, gostaria de falar sobre o carnaval: não deixe que ele represente apenas mais uma data inócua e inerte, faça como deve ser sempre feito, faça valer a pena. Não é necessário que se ‘aproveite’ como o mundo fosse acabar, apenas faca valer a pena do seu modo: com as pessoas que goste, amigos, familiares e ate inimigos. Apenas faça por onde merecer, seja feliz acima de qualquer outra coisa, pois felicidade se faz nas oportunidades, não se nasce com ela. Ela é o caminho...

As partes filosóficas dos nossos dias são aqueles momentos no qual paramos, e literalmente paramos, para pensar no que esta acontecendo ao seu redor e todo aquele feedback do que aconteceu. Há quem se aprofunde nesses pensamentos e consigam externaliza - los de uma maneira pouco ou muito clara. Sócrates, grande filosofo e tantas outras coisas mais, considerado o divisor de águas nesse mesmo campo, uma vez disse que o verdadeiro conhecimento vinha de dentro. Você já se conhece o suficiente e verdadeiramente?
E dizendo ainda mais, esse cara que nada escreveu, apenas disse e todos os seus aprendizes anotaram, ordenou que se “...quiser me conhecer, olhe no fundo dos meus olhos.” Não seria um paradoxo essas duas orações, mas uma espécie de complemento: se eu me conheço verdadeiramente, eu consigo me fazer entender através dos meus olhos e olhares. Acredito que falta isso em nós, a falta de confiança no olhar e até mesmo a ausência de conhecimento de si próprio. Mas há tanta coisa que falta em nós meros mortais que se fossemos contabilizar todas as nossas faltas, iríamos perder muito tempo fazendo-o.
Entretanto, esse pensador gostava de sempre viver no limite, nos seus próprios limites e nos da sociedade. O mesmo relatou que os limites eram imaginários, e bastava algo ou alguém para alarga-los, pois como gostava de dizer ‘uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida’. E é exatamente isso, de certa forma, que nos queremos no nosso íntimo, alargar esses limites mas poucos são o que têm coragem de o fazer.
Falando sobre o amor, Sócrates ressaltou que ele, o amor, é filho de dois deuses: a carência e a inteligência. Como entender, o que ele disse há muito tempo atrás, nos dias de hoje? Corremos o risco de erramos, mas antes errar tentando do que não errar e nem acertar ficando inerte. Entendo por esses dizeres que sempre há, em um relacionamento, a parte que é mais cabeça e a outra que é mais coração, e que dessa forma se completem, não que sejam metades mas é quando se esta disposto a dividir aquilo que melhor se tem. Mas isso não quer dizer que não possa haver uma mudança de papel esporadicamente, isso apenas tenta ser a regra.
Ainda no campo do amor, me repetindo, essa história da ‘metade da laranja’ é antiga e sem nexo. Não fomos feitos pela metade, somos indivíduos inteiros e justamente por ser inteiros é que estamos preparados para compartilhar com outrem. Porque quem se sente metade não é digno de viver, é como se acreditasse que o único motivo pelo qual luta nessa vida é a procura do perfeito encaixe.
E sábio era ele, que sempre dizia: Só sei que nada sei.

P.s.: Apesar de tudo, você ainda é a primeira coisa em que eu penso quando me falam: Faça um pedido
P.s.: Não sou pedaço, mas não me basto.

2 comentários:

  1. E sábio era ele, que sempre dizia: Só SEI que nada sei.

    Flatou o "Sei"...

    Texto bacana!

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  2. Sempre sábio. E olha que viveu anos atrás...

    (agora tá certo) rs

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