terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Desires³


Hoje quando acordei me lembrei de uma expressão que a muito não ouvia ninguém dizer, e que até mesmo caiu no meu esquecimento: “Coração dos outros, é terra onde ninguém pisa”! E isso me levou a fazer toda uma avaliação psicológica da frase. Coração pode ser traduzido ao sentido de sentimento, sentimentos de outrem, e ‘terra’ faz referência ao lugar que desconhecemos, às pessoas que desconhecemos os sentimentos, seja de amizade, fraternidade, paternidade, maternidade, enfim, uma gama inesgotável de relacionamentos. Mas se observamos de outro ângulo crítico, poderíamos até mesmo discordar dessa expressão, já que o coração apaixonado é bobo e susceptível a todos os mandos e desmandos no quesito sentimental.
Ainda assim, prefiro acreditar na primeira hipótese, tendo em vista que vivemos numa sociedade onde o capitalismo espoliativo nos força a nos mantermos ‘fechados’ para tudo e todos. Infelizmente esse imenso abismo social existente, faz jus ao falso pragmatismo e ao falso moralista das sociedades ditas justas. Entretanto, longe de eu querer discutir pontos políticos ou que envolvam qualquer coisa do tipo, acredito firmemente em cada palavra dita anteriormente.
O fato é que o coração é coisa complicada demais de se entender, e entendo que ele não foi ‘feito’ para ser entendido, foi feito apenas para ser vivido ou sentido, como queiram. E essa metáfora coração, é cheia de eufemismos desnecessários, por sempre tendemos a diminuir nossos sentimentos, diminuir nossas vontades, nos diminuir perto de qualquer coisa que se mostra assustadora demais. Esquecemos que fomos feito para isso mesmo, ‘dar a cara tapa’ e correr atrás daquilo que consideramos válido, caso contrário, qual seria mesmo o motivo de virmos a terra? Ser somente mais um a passar por aqui e não deixar nada de novo? Nessas horas acho válido apelar até ao representacionismo de Deus: Ele nunca te dá ‘fardos’ que ele não tenha a absoluta certeza que você não possa carregar, se te ocorrem problemas, pode ter a certeza que você é capaz de passar por eles.
São assim também os desejos. E o maior problema dos desejos é que na maioria ( ou em absolutamente todas as vezes) ele não aceita um ‘não’ como resposta. A gente somente consegue colocar um ponto final, quando chegamos ao seu fim, e esse fim pode ser somente um enjoo ou a morte, não morte literal, mas a morte daquilo em que se acreditava até então. Enfim, os desejos são de todos, ceder a eles depende de cada um, eu prefiro ser perseguido pelo meu desejo que não tem dia para acabar, do que ser abandonado por um que dure no máximo três horas.
Vontades efêmeras não valem a pena... quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, mas esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é tão legal assim. Não é preciso perder pra aprender a dar valor e os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, e o que se deve guardar pro resto da vida e o que nunca deveria ter entrado nela.
P.s.: A verdade é que todo mundo quer encontrar um eco no coração dos outros, mas a reciprocidade já não depende somente de uma pessoa só.
E para fechar, correndo o risco de me repetir, eu nunca tinha prestado atenção na letra dessa musica, mas ela fala tanto...de desejos.
Memories (Inglês)
All the crazy shit I did tonight
Those will be the best memories
I just wanna let it go for the night
That would be the best therapy be for me

Tradução
Todas as loucuras que eu fiz essa noite
Vão ser as melhores memórias
Eu apenas quero deixar acontecer por uma noite
Essa seria a melhor terapia para mim.

2 comentários:

  1. Gostei muito msmo, e acho que nem preciso especificar algumas parte pq teria que copiar o texto todo...e esta música concerteza, traduz aquele ...O dia!

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