segunda-feira, 14 de março de 2011

Visão de um Outro Ângulo


A partir de então, vou dedicar meu tempo a escrever textos baseados em fatos reais, com pessoas próximas que autorizaram a falar sobre, mudando alguns aspectos como nomes. A primeira a ser escrita ocorreu com um amigo muito próximo, e do qual eu participei, de certa forma, de toda a história como uma terceira pessoa, um observador, na qual já vou avisando não ter final feliz:
Tudo começou com um acaso, não tão acaso, como acontece na maioria de todos os relacionamentos: festas, amigos em comuns, redes sociais, mensagens instantâneas e um encontro menos acaso ainda. O primeiro de muitos que se sucederam foi marcado por muita conversa sobre o passado, projetos para o futuro e uma infindável listas de coisas que se desejam em um relacionamento, mesmo tendo a absoluta certeza que talvez aquele encontro não passaria de mais uma noite na vida dos dois. E antes que eu esqueça de os apresentarem a vocês: Marcelo era um cara de 20 anos que cursava fisioterapia e estava na iminência de formar-se, era considerado bonito, corpo atlético e traços que Deus abençoou, de personalidade forte, nem sempre flexível mas muito compreensível, carinhoso em seus relacionamentos e sempre muito solicito nos seus desejos; Ludmila uma moça na iminência de seus 27 anos formada em medicina veterinária e muito bem sucedida profissionalmente, era atraente mas não tão bonita para os padrões de beleza da sociedade, de personalidade não tão forte, muito flexível e pouquíssimo compreensível, carinhosa mas cheia de ‘não me toques’, que perseverava em seus anseios para a vida. Não era atoa que chegou onde estava mesmo vindo de uma família na qual a prioridade nunca fora estudos.
No primeiro encontro como era de se esperar, tudo soou muito perfeito, afinal, quem mostra o lado negativo nas primeiras vezes? Ludmila via Marcelo como um cara meio pegajoso e muito atraente, já Marcelo a via como uma mulher madura mas medrosa com relacionamentos, talvez por traumas no passado ou por mero desejo de não querer se envolver demais. Marcelo gostou, Ludmila nem tanto, mas isso eles só descobriram meses depois. Voltando ao primeiro encontro, no qual eu insisto em relevar, aconteceu de tudo, afinal, eles eram maduros o suficiente para saberem o que querem e fazer isso com tanta displicência quanto ganhar um beijo. Se bem que nem sempre maturidade é sinal de determinismo, mas nesse caso era.
Depois de uma noite inesquecível para ambos, e ótimas performances sexuais, cada um, como de costume, voltaram às suas rotineiras tarefas do dia-a-dia. Mas não se sucederam dias normais desde então, o pensamento constante no ocorrido fez de uma das partes não resistir e enviar um torpedo cheio de segundas, terceiras, quartas intenções. Enfim, mais um encontro marcado depois de alguns torpedos trocados.
O segundo não conseguiu ser muito diferente do primeiro encontro, conversas de passados, utopia do futuro e vivências do presente. E da mesma forma como terminou o primeiro, o segundo não seria diferente. Não que o ser humano, ou as pessoas envolvidas nessa história, só queiram e desejem o sexo, mas aquele encontro era para isso, e todos os dois sabiam disso. Apesar da transa em si ser opcional, ela se torna uma delicia nas casualidades do destino, e pra eles, até então, não passava disso: casualidade.
Mas nem sempre foi assim, pura casualidade. Como tudo na vida, sempre se mudam as pessoas, as situações, os contrastes, as coisas e até relacionamentos.

Continua!

4 comentários:

  1. Texto bacana meu Amigo.Mas se não há reciprocidade,caía fora antes que você se machuque mais.Sexo não é tudo e você merece mais.Abc

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  2. Reciprocidade sempre houve nessa relação, mesmo que seja inicialmente somente ao sexo.
    A questão principal ainda nao se desenrrolou...
    Falou e disse: Sexo está LONGE de ser tudo.
    Merecemos mais, sempre.
    ;)

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  3. avá. terceira pessoa. é mermo?

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  4. Você me mata Quintão!
    Diz que é terceira pessoa sim!
    E quem sou eu pra discordar?
    ;)

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